domingo, 6 de abril de 2014

FILME-CRÍTICA: SEVEN - Os sete crimes capitais


Este fim de semana assisti duas vezes.
Um clássico do cinema com Morgan Freeman e Brad Pitt de 1995. 
SEVEN  conta com uma fórmula que se tornaria típica depois: o detetive competente, querendo aposentar - Somerset - e o detetive jovem cheio de idealismo - Mills.  
Seu alvo um psicopata que segue os sete pecados capitais. O destaque do filme não é só a sequencia e o estilo das mortes - que são chocantes, mesmo não tendo a "ação" das mortes, como em filmes puramente sádicos como Jogos Mortais - ou a referencia à Milton, Tomás de Aquino e Dante Alighieri.

A primeira coisa que me tocou foi a questão da crítica à sociedade urbana pós-moderna, em que jogam um batalhão da SWAT atrás de um criminoso, e na esquina da delegacia tem crime acontecendo. Mills e Tracy tem aquela influencia rousseauniana de ter vindo do interior querendo viver como tal numa cidade grande.

Outra referencia é que o panóptico já está lá falado há várias décadas, antes mesmo da Internet onisciente: O FBI facilmente reconhece e encontra você pelo que você consome, como os livros. Imagine hoje, com nossas redes sociais. O diálogo dos detetives é bem claro, quanto à essa crítica à sociedade pós-moderna, quem é louco e normal? Existe alguém realmente inocente? Que veneno estamos criando pra nós? Inclusive o nome do ator antagonista é omitido até o final do filme, nada é explicado sobre ele, mas para um bom entendedor, pingo é letra: qual a relação entre criminoso e a sociedade? Recomendo.

P.S: A classificação do filme é 14 anos.