Revisitando alguns dos velhos filmes adolescentes dos anos 80, reencontrei com o "O Clube dos Cinco" ou no original "Breakfast Club". Dirigido por John Burch, este teen movie chamou minha atenção pela pegada bem diferente de outros como "Gatinhas e Gatões" e "Curtindo a Vida Adoidado".
A premissa é simples, um sábado de detenção com cinco alunos em que nada se parecem: um atleta popular, uma patricinha, um nerd, uma esquisita anti-social e um rebelde. Deveriam fazer uma redação como castigo. Inovou a ideia de juntar "tribos" diferentes na mesma situação.
Parecem que estão lá os clichês, o professor sendo vítima dos truques dos alunos e o rebelde entrando em conflito com todos. Mas há algo mais.
Há uma boa transição da antipatia inicial à simpatia do público pelo personagem Bender (Judd Nelson), o rebelde, que monopoliza muitas cenas. Entra em discussão os problemas dos adolescentes serem originados pelo próprio contexto das famílias.
E ao unir tipos diferentes, muda a disputa tradicional, dos filmes focando uma "tribo" para que a outra "tribo" seja posta como antagonista, (nerds x atletas ou patricinhas x anti-sociais) todos passam por dilemas e pressões, mas o que muda é apenas o contexto. Bender, o rebelde, não são desculpados de seus erros, mas vemos suas motivações. Clark, o atleta parece bom, mas não é tão bom assim.
E os adultos não são completos idiotas, se o professor é um neurótico frustrado, ao zelador cabe o papel de experiente e sábio.
Particularmente, eu pensava num final diferente, mas "O Clube dos Cinco" ainda tem algo a dizer, ainda mais com as mudanças na juventude brasileira assemelhando um pouco mais com a juventude americana. Recomendo.
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